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Aeroporto aguarda recurso federal para investir na ampliação e modernização
O Aeroclube de Carazinho vem se solidificando cada vez mais em todo o território nacional, como uma das principais escolas do país, sendo referência na formação de pilotos de diversas modalidades da aviação civil. O presidente, Paulo César Barboza, revela que para a entidade dar um salto em qualidade e nos serviços oferecidos, conta com a efetivação da liberação de recursos, através de um projeto do atual Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira de Oliveira, da época em que ainda era deputado federal, o qual está em tramitação em Brasília. Com a destinação do recurso, a direção pretende investir na ampliação e modernização do Aeroporto de Carazinho, a construção da sonhada estação de passageiros e a sua transformação em um aeroporto de cargas.
Barboza explica que, no momento, o projeto de Ronaldo Nogueira é a única possibilidade mais concreta de o Aeroclube ser contemplado com verba federal.
Ele ressalta que ainda durante a gestão da governadora Ieda Crusius havia uma verba do Estado que seria destinada para tal investimento. No entanto, mudou o governo e nessa transição o projeto foi arquivado sob a alegação de falta de recursos.
“Hoje temos em curso, apenas algumas possibilidades, em torno da palavra do Ministro Ronaldo Nogueira, que tem um projeto em trâmite, desde o período em que era deputado federal, de uma possível verba para modernização e ampliação do Aeroporto de Carazinho. É uma vontade que ele tem e é nisso que estamos amparados. Buscamos informações seguidamente sobre a tramitação do projeto, em Brasília. Realizamos até uma audioconferência, onde ele reforçou que o fato de hoje ser ministro não é empecilho de forma alguma para que o projeto não seja efetivado”, enfatiza.
O presidente afirma que o montante será aplicado em melhorias no cercamento do Aeroporto, que hoje está deficiente; a construção de uma estação de passageiros e também a colocação de um sistema de pouso por instrumento. “Isso viria a desenvolver ainda mais a aviação em Carazinho e região, porque a ideia inicial do projeto é que a estrutura atual se transforme em um aeroporto de cargas. Essa possibilidade existe e vamos permanecer mobilizados para que se torne realidade. Isso depende de articulação política para que se torne realidade, o que dará um salto de qualidade e desenvolvimento para a aviação regional”, assegura.
FORMANDO PILOTOS PARA TODO O PAÍS
Dando segmento ao seu trabalho, o Aeroclube de Carazinho oferece atualmente, cerca de 10 cursos, entre eles, os de piloto privado, instrutor de helicóptero, piloto multimotor, piloto comercial, piloto agrícola, piloto lançador de paraquedista, piloto rebocador de planador, entre outros que contribuíram para tornar a escola local em uma referência para a aviação civil em todo o país.
Em função do ajuste econômico provocado pela crise política e financeira que afeta o Brasil, houve também uma redução no número de horas de voo. “O reflexo foi sentido em todos os setores, mas o que a gente vem presenciando no decorrer do período, que principalmente a partir de abril deste ano, ao menos o índice se estabilizou, parou de cair. Constatamos que nos meses de junho e julho já houve um pequeno aumento novamente no número de horas de voo”, observa.
O Aeroclube de Carazinho conta com cerca de 40 alunos em atividade, em diferentes cursos, dispondo de uma frota de 14 aeronaves, sendo 9 da própria entidade e 5 arrendadas. “Hoje temos uma abrangência, principalmente no curso de piloto comercial, tanto teórico quanto prático e do piloto agrícola, com alunos de todo o Brasil.
No curso agora de piloto agrícola, temos alunos de Roraima, Mato Grosso, São Paulo, Paraná e do Rio Grande do Sul. Piloto comercial há uma grande procura, porque estamos tendo um resultado muito bom no índice de aprovação dos alunos que estão passando pela nossa escola nas provas teóricas que são aplicadas pela ANAC.
O curso de piloto de helicóptero formou três alunos e mais de dez já concluíram o curso de piloto multimotor”, comemora Barboza.
DIRETORIA INVESTE NA QUALIFICAÇÃO HUMANA
Para manter o padrão de qualidade, a direção do Aeroclube tem investido no ser humano, na qualificação e padronização de seus instrutores, que são considerados o elo de ligação, tanto na parte teórica quanto na prática, entre a entidade e os alunos. “Temos procurado manter uma padronização, buscando que todos os profissionais estejam no mesmo nível, principalmente que estejam felizes naquilo que estão fazendo. “Esse é o grande segredo para se obter um resultado positivo. Investir no aperfeiçoamento humano, através de cursos, treinamento, reuniões. Também temos procurado evoluir nos equipamentos. Quando não há condições de adquirir uma aeronave nova, procuramos modernizar a que já está aqui, para que permita uma melhor qualificação. Tudo isso faz com que o nosso trabalho tenha uma boa aceitação”, avalia.
Conforme o presidente, a parte teórica também é fruto de uma aplicação. “Temos equipes pré-determinadas, que procuramos profissionalizar no sentido de serem só instrutores para dar a parte do curso teórico. Pela legislação, um piloto comercial, por exemplo, ele pode dar aula teórica para um piloto privado. Mas aqui, no nosso caso, não. É uma exigência da nossa escola que a pessoa seja instrutor de voo, para ser instrutor da parte teórica, porque ele vai juntar a qualificação teórica com a qualificação prática que tem. Essa é uma maneira mais simples e fácil, para que o aluno entenda e associe a teoria com a prática”, enfatiza.
Atualmente o Aeroclube está fazendo operações noturnas, atendendo uma exigência de pouco tempo da Agência Nacional de Construção Civil (ANAC). “Até então não era exigido para o piloto privado, o que seria o primeiro passo do curso, mas agora são necessárias, no mínimo, três horas de voo noturno”, conclui Barboza.
Fonte: Diario da Manhã
Fotos: DM/Sérgio Cornélio
04/08/2016
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